Quero
tanto
Que já
não sei o quero,
Não sei
por onde vou,
Mas não
quero isso em frente a mim:
Aquela
estrada certa,
Sem
curvas ou desvios.
Repudio o
óbvio,
O que
parece fácil demais.
Sigo por
rumos tortuosos,
Perco por
caminhos incertos
O pouco
do que sou.
Não compartilhe
o que tem por dó:
Não quero
um segundo ou um dia,
Quero todo o
infinito.
Minha
fome é insana, imensa;
Mas ainda
assim,
Não sei
do que tenho fome:
Minha
alma saliva
Por uma
comida
Que ainda não saiu do forno.