O certo não é normal,
Não é humano,
É imoral.
De perto, o certo
É tudo o que não se quer.
Quando se apagam as luzes
E se apagam as dúvidas,
A verdade absoluta
Torna a realidade
Insuportavelmente real.
A certeza é efêmera:
É momento,
Não é estática,
Vai e vem.
Às vezes assusta,
E até revela a culpa
Do mais inocente qualquer.
Só o incerto é constante,
Nos rodeia,
Nos abraça,
Aconchega
E oferece uma chance
À realidade projetada,
A um futuro
Que talvez jamais chegue,
A um presente
Que não merecemos.