Em mim, um templo.
Que ecoa,
Que acolhe,
Que não escolhe
O que me encontra.
Tudo o que envolvo,
O que me toma,
Me transforma,
Marca um tempo em mim.
O alheio
Dentro do meu centro,
É um vislumbre da colisão,
Da imersão,
Do novo que me invade.
Sou um templo.
Em mim, todo momento
Inunda.
É guardado.
É sagrado:
Se assim for.
No templo em mim
O eco se faz presente,
Mesmo quando a voz cala.
Os passos não se apagam,
Não andam para trás:
Perdem o caminho
De volta aos pés cansados.
O intacto templo
Onde ninguém jamais esteve,
Onde voz nenhuma antes ecoou,
Aquele nunca visitado,
No passado, adormece.
No passado, adormece.
Não posso retroceder
Nem mesmo um piscar
Do momento no qual estou.
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