Não exija uma transformação,
Não espere uma mutação:
Não sou uma lagarta.
Decida onde quer pisar.
Não me peça para acompanhar
Cada passo dessa dança.
Deixe que meus braços te envolvam
Quando eles bem quiserem...
Que te levem, que te puxem,
Que escorreguem sobre você.
Deixe que eles sigam sua vontade,
Para que exista o desejo
De em mim te envolver.
Mas se uma valsa é o que almeja,
Se regras não-ditas embalsamam meu ser
Então me transformo,
No que sempre fui, afinal.
Não mais verá a mim,
Em minha sombra, um felino.
Jamais serei uma borboleta.

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