quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Carpe diem


O manhoso
Amanhã
É como uma carícia
Do amante que não se sabe se é.
Nunca sabemos se virá,
Não avisa se vem.
Não marca encontro
Ou deixa rastros...
Só a vontade
De chegar.
Não há atalho
Para esse lugar.
Como ondas, os ontens
Vieram, e se foram.
Aqui, não estão mais.
Como alcançá-los?
Não há mais.
São muitos, diversos
Como as antigas paixões.
Um dia, aqui estiveram.
Foram presentes com laços
De momentos presentes
Em um passado distante.
Em um passado recente.
No passado.
Se foram.
Só o hoje me possui.
Sou filha do presente.
Vivo para sentir,
Sinto para viver.
Arrisco viver o momento:
Não vivê-lo é um risco ainda maior.
Sou títere do momento no qual estou.

Um comentário:

Danilo Britto disse...

Linda, que texto fantástico é esse? Tiro parte de coisas aqui pra minha vida, viu? Um beijo :*