Você já quis
Aquele momento sem fim,
Aquele instante sem tempo,
Perdido no espaço?
Já desejou aquela noite infinita,
Quando pode ver o pôr-da-lua,
E o nascer dela outra vez?
Um momento sem hora,
Que nunca é tarde ou cedo,
Por isso, não há demora,
Não há pressa,
Já que não há tempo:
Nada é urgente.
Não há limitações,
Delimitação de espaço,
Ou indicação de término.
Anseio por momentos circulares,
Fins e começos unidos,
Não identificáveis...
Palpáveis,
Vívidos,
Meus.
Só quero fins com recomeços,
Mas momentos sem fim...
Ah, os quero tanto!
Quero só pra mim.
4 comentários:
Amei, amei. Eu Também quero esses momentos sem fim só pra mim. Nati, você é uma poeta nata! Suas palavras fluem cheias de sentimento e com uma leveza incrível. Quando eu crescer (tá dificil hein....rsss) quero ser igual a você. Feliz Natal e tudo de bom.
"Já que não há tempo:
Nada é urgente.
Não há limitações,
Delimitação de espaço..." GENIAL!
Ah Naty, esses momentos se eternizam como um sonho sem fim... esses momentos, essas luas esses "nascimentos" e "ressurgimentos" são alimentos para as nossas almas aflitas de sonhares e de desejos. Só quem viveu algum momento desse pode alcançar o olhar do que é sentir e vivê-los...
Grande saque Naty, você está cada vez melhor!
sis, eu já vivi e vivo alguns momentos assim e isso não é pra tedar inveja não, é pra me orgulhar de vc, da sua persona poética, que mesmo sem ter ainda vivido esse momento sem hora, sabe descrevê-lo com a fidedignidade de quem viveu, entende? só uma pessoa com o olhar atento sobre a vida pode saber do que não sabe. a experiência é importante, mas é a observação que é fundamental.
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