segunda-feira, 22 de abril de 2013

Vendo-me




Então chega aquela hora
Em que não quero mais
Ser só minha;
Não me quero mais.
Não quero ser a única,
Majoritária dona de mim.
Solitária dona de mim.
Quero patrocínio,
Incentivo exterior,
Vender minhas ações
E até abrir franquia.
É que chega aquele instante
Em que alguém ,
De repente, aparece.
E preenche todos os requisitos
E supera todos os candidatos.
E bem lá no fundo,
No escritório desarrumado da minha mente,
Uma voz surda grita a certeza
De que ele vai tomar conta,
Melhor que eu,
Desse negócio que venho tentando gerenciar
Daquilo que esse tempo todo
Tenho evitado compartilhar:
Não sou mais dona de mim.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito criativa Naty, adorei o desenho desse seu poema, a inserção desse "sócio" lírico e real. Parabéns!

Vânia Santtana disse...

Perfeito!

Natássia disse...

Obrigada!! :)