sábado, 11 de junho de 2011

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Quero cair.
Uma queda livre.
Sentir cada sopro,
Cada canto do meu corpo
Atritar contra o vento.
Quero sentir,
No momento sem tempo,
Os pés saírem do chão,
A insegurança me tomar,
O desconhecido me invadir.
Em correntes aceleradas,
Rítmicas, alternadas
Num compasso sem padrão,
Quero sentir
O ritmo da presença
Da ausência gravitacional
Quando a implosão do universo
Acontecer dentro de mim.
Quero mais que o chão...
Mais que o céu,
Muito mais que o ar.
Quero cair.
Não me impeça,
Não me salve
Não quero guarida.
Quero cair.

4 comentários:

Anônimo disse...

Irmã vc é demais!!! Arrasando sempre! Beijosss
thai

Larisse disse...

Nati,
seus textos são lindos. Virei leitora assídua =D
bjoos

Vânia Santtana disse...

Quero caminhar com meus próprios pés. Quero sentir as minhas próprias emoções. Deixe-me viver, deixe-me viver. Do meu jeito, de qualquer jeito, deixe-me viver. Além dos "limites", deixe-me viver. Leio assim...
Maravilhoso!

Ingrid disse...

porque não há passividade no cair, queda é movimento, transiçao de um corpo que se recusa a parar, que quer mudar de lugar,se lançar (se) descobrir... suas palavras são sempre belas, Nat! Amo a intensidade e a verdade que há nos seus textos! :)