quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Medo



O medo de perder
O que não me pertence,
De avançar esses limites
E tocar o imaginário,
Afasta você de mim.
Receio ir longe demais
E te ver fugir
Ou simplesmente não ir
E te sentir escorregar,
Escapar,
Derreter.
Quero gritar
Baixinho em seu ouvido,
Pedir que me acolha
Que me puxe até você.
Mas o medo me detém,
Agarra-me com mãos fortes,
Condena meu corpo
De volta à solidão.
Não consigo ao menos sussurrar
O que minhas entrelinhas berram:
É com você que durmo,
Só você quem quero.

4 comentários:

Nilcéia disse...

#perfeito
... por entre arrepios e calafrios!

e qdo sairá mesmo o livro?! rs

Anônimo disse...

Nõ devemos temer o que não conhecemos, arriscar é a chave! Se alguém foge do que desconece, ou conhece pouco, pode perder a chance de um encontro feliz. Viver já é um risco...

Lola Littrell disse...

Perfeito esse texto! Muito real! Amei!

Evelin disse...

"Não consigo ao menos sussurrar
O que minhas entrelinhas berram". AMEI isso!