quarta-feira, 14 de março de 2012

Inspiração



E quando inspirei...
Segurei,
Me concentrei,
E até achei
Que era meu,
Só meu,
Todo meu,
O ar que prendi.
Mas foi aí
Que ele pesou,
Brigou dentro de mim
E esperneou pra sair.
Foi quando entendi
Que era só minha vontade
Mais uma daquelas
Impossíveis de existir.
Nunca foi meu
O ar que um dia esteve em mim.
Da próxima vez,
Não inspiro tão profundo assim.

Um comentário:

Leonardo Vianna disse...

Que perfeição essa poesia!

Tão compacta porém densa... essa está entre as melhores que já vi aqui!

Parabéns poetisa!