E foi assim.
Sem explicação,
Sem trajes de baile
Ou elaboração.
Em instantes, o então tácito
Tornou-se claro
Como um dia de verão.
E tudo se aqueceu em mim.
De repente, veio você.
Contudo, você nunca chega.
E já ocupa cada canto,
Todo espaço quer lhe pertencer.
Nunca me vi sendo vista
No entanto, me sinto desnuda,
Me sinto descoberta,
Não quero me cobrir.
Nessa multidão que me cerca,
A presença da sua ausência
Pesa sempre mais
Que qualquer outra presença.
Sinto sua respiração em mim.
E mesmo que nunca esteja,
Não poderia estar mais aqui.
3 comentários:
Cada dia fico mais convencido de sua capacidade de me surpreender, e com isso,me vi refletindo em cima do seu poema, e agora, você me inspirou a te deixar um pensamento do Friedrich Nietzsche, que, nesse momento, eu também compartilho. "Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia." Obs: Desculpe-me ser Anônimo, mas acredito, que sempre serei, mesmo que, as vezes, não querendo ser.
Adorei SIS!
Essa me pareceu um belo resumo de algumas outras poesias desse blog, um mix de várias sensações... muito bela as mensagens deixadas e a brincadeira com as palavras!
Postar um comentário