terça-feira, 24 de abril de 2012

Apetite



É que não me contento com pouco,
Sei o limite do outro
E, ainda assim, quero mais.
É que mereço exagero,
Mais que o mero apreço
De outro mortal.
Quero que me tome por completo:
A goles,
Tragadas,
Mordidas,
Bicadas.
Quero que a cada bocado
Aprenda o gosto
De cada canto,
Cada pedaço,
Cada parte de mim.
E que não queira só me provar: 
Nada em mim é efêmero,
Mas estou só de passagem.
Nessa minha viagem,
Embarque, ou me deixe caminhar.


Um comentário:

Douglas da Silva disse...

Muito interessante! E a imagem como sempre coincidiu bem com o texto. Sei que as imagens são escolhidas minuciosamente. Parabéns!