terça-feira, 3 de abril de 2012

Efêmera



Mas é que não me encaixo,
Não entro,
Não me acho
Nesse mundo
Que já era seu.
Queria ter um laço
Que amarrasse meus passos
Que me prendesse a você,
E não me deixasse vagar.
Ou mais espaço
Para que eu possa ficar.
Mas esse é todo o lugar
Que pode me oferecer.
Não quero ir.
Quero que me puxe
Que me embrulhe,
Que me proteja de mim.
Quero que me fale absurdos,
Que diga que sou tudo
Que sei que não sou.
Não quero imaginar
Que sou tão efêmera,
Tão breve
Como sei que sou.
Não agora.
Hoje, eu não entenderia.
Amanhã, começo a pensar.
Deixa passar.
Tão passageira...
Mas não entendo isso agora.
Por isso, caço por suas palavras,
Deliro que me peça que seja sua,
Só sua.
Que me impeça de ir a lugar algum.
Porque hoje,
Ainda não consigo acreditar
Que sou tão pouco.
Hoje só queria que algo mudasse,
E não me deixasse partir.


Nenhum comentário: