Tinha medo do escuro.
Dos fantasmas que me perseguiam,
Das sombras que surgiam,
Enquanto, distraída,
Buscava refúgio.
Medo da ausência de luz.
De afundar-me na presença do desconhecido,
De ser obrigada a aguçar meus sentidos.
Ao sentir o tato guiar o caminho,
Sentia a pele arrepiar.
Um dia, a luz me cegou.
O dia não tinha fim,
A noite não me acarinhava.
Fugindo da luz intensa,
Fechei os olhos...
E encontrei.
A escuridão
Me acolhe,
Me preenche,
Me completa.
Me encontrei.
Uma parte de mim
Que só a escuridão pode revelar.
Um pedaço do que sou,
Que não posso vestir.
Uma face de mim.
Uma das tantas,
Infinitas que sou.
Visto uma máscara, dia após dia,
Para à luz do dia, mostrar outra de mim.
4 comentários:
wow Nat, "Escuridão" é bastante filosófico! Senti nele um pouco da contradição da nossa existência, um leve esboço da ambiguidade que há em nós seres humanos,em nós mulheres, que de uma só vez tememos e desejamos, fugimos e nos encontramos das/nas coisas mais inéditas, dos/nos lugares mais improváveis... E a surpresa de se encontrar na escuridão, de ser revelada pela luz... Show, Nat! Parabéns! P.S: já me sinto bem pequenina para comentar seu textos!!! :D
Ai! Amei esse! Tudo eh tão relativo. Pra q preocupações com verdades absolutas? Continue sendo várias. Todas elas são maravilhosa!
Tem sido difícil achar as palavras certas pra comentar os posts... Lindo demais!!!
Trhi
Os textos estao lindos, Naty! Parabens.
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