segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Fernweh



Um minuto sem ar,
Um instante infinito
De luta para recuperar o fôlego,
Para colocar as batidas
De volta em seu lugar.
De repente, uma mão gigante,
A maior em todo o mundo,
Aperta, sem dó,
Sem padecimento,
Tudo o que há dentro de mim.
Encolho, sem fim,
Até virar ao avesso.
Enfraqueço e até esqueço
Que tenho que fingir.
Mas é só um minuto sem ar.
E logo volto a respirar.
Um minuto sem fim...
É falta do que nunca tive.
Saudade do que não existiu.
Vontade de ter de volta
O que eu jamais vivi.

3 comentários:

Ingrid disse...

que saudades de comentar seus textos, Nat!!Sua escrita sempre sensível, uma forma de marcar o mundo com um pouco de você: bom demais te ler! E reconhecer na sua saudade a nossa. Do desconhecido, do distante, do que nunca foi. Muitos diriam: saudades do céu... AMEI, Amiga! beijinhos ;-)

Evandro Almeida disse...

Fortíssima a poesia!

Mescla de aflição, mas no fim, saudosismo em relação que não existiu... isso é possível?

Não sei se sentimos saudades do que não existiu/aconteceu, mas pra mim, isso é expressado em uma só palavra: sonho.

Parabéns pela poesia, muito bela!

Anônimo disse...

Você falou muito bem a todos nós que choramos o amor que não vivemos... Creio que o momento certo sempre chega para que não soframos pelo que não tivemos.
Linda poesia.