sexta-feira, 29 de julho de 2011

Outra


Num outro universo
Não sou essa que estou.
Não choro em demasia,
Ou sorrio sem medidas.
Lá, minha voz não se altera,
Meu caminho não tem curvas,
Minhas surpresas são planejadas
Minha hora é sempre marcada. 
Nesse outro universo,
Sou alguém que não sou.
Uma parte que me reconheço
Quando em um bater de asas de borboleta
Entro em metamorfose,
Distancio-me da inconstância,
Da eterna alternância
De quem constantemente sou.
Nesse lugar que não existe,
Afasto-me de mim,
Apago as cores do mundo,
Suprimo meus sonhos.
Ainda assim, viajo para lá:
Isolo meu ser, 
Guardo tudo o que tenho,
Protejo-me.
E em um bater de asas de borboleta,
Volto a sonhar.

5 comentários:

Amanda disse...

Conheci você nesse outro universo em que vc habitava
Será que prefiro agora? Talvez sim...
O novo é sempre o outro, o estranho pode ser gostoso
E suas surpresas tão planejadas podem ser uma capa pra esconder o gozo...

:)

Anônimo disse...

:) Tô adorando conhecer muitas de vc, tia!!!
Beijos!!

Trhi

Dai disse...

Todo mundo precisa de um lugar como esses! Que bom que vc tem o seu. :)

Lua disse...

Nati, muito lindo!! Me encontrei nesse poema.. Beijão!!!

Anônimo disse...

Eu habitei esse lugar em algum momento, mas fui chamada para este aqui onde piso. De qualquer forma de vez em quando dou uma escapada e lá estou! Retorno rápido. Acho que se precisamos dele devemos usá-lo, é sempre bom ter mais de uma "casa". Você está melhorando a cada dia, escreve solta, melhor e se descobre mais. Preste atenção em você, sempre.